sexta-feira, 27 de abril de 2012

POLICIAL MILITAR COM DIPLOMA NÃO SERVE PARA SERVIR A QUEM MESMO?


INSUBORDINADOS, SIM. PORÉM CONTRA A INSUBORDINAÇÃO CONSTITUCIONAL DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS NAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL



Um matéria publicada no site http://www.gazetadopovo.com.br/blog/caixazero/conteudo.phtml?tl=1&id=1248505&tit=Richa-nao-quer-PMs-com-estudo-porque-eles-se-insubordinariam, dava conta de que o governador Beto Richa (PSDB) disse em entrevista à rádio CBN, nesta quinta-feira, que acha positivo que os policiais militares do estado não tenham diploma de curso superior. Disse o governador: “[...] uma pessoa com curso superior muitas vezes não aceita cumprir ordens de um oficial ou um superior, uma patente maior".

A grande questão que deve pairar sobre a cabeça dos brasileiros, neste caso, é a seguinte: qual é o entendimento dos comandantes das policiais militares do Brasil sobre as declarações do governador Richa? Até agora não se manifestaram, uma pena. O governador, homem pouco esclarecido sobre as verdades da vida profissional dos policiais militares, foi orientado por alguém, que talvez saiba marchar. E este pseudo-orientador usou da autoridade governativa para, através dela, expor a sua mediocridade. Agiu de forma covarde e demonstrou o seu medo pela verdade. Incapaz de debater, pois lhe faltam, por conta de sua limitação intelectual, subsídios argumentativos para um profundo debate, o orientador (também pode ser chamado de assessor), acostumado na arte serviçal rasteira, vendeu a alma de nossos heróis de farda que atuam na linha de frente. Infelizmente o governador acatou o discurso medíocre do seu assessor a ponto de concordar com ele e tornar pública a sua declaração e o silêncio dos comandantes das policiais militares do Brasil causam um sério desconforto perante seus colegas de farda de nível médio.

Não precisamos de uma polícia militar nestes termos governador (e assessores ASPONES). Já basta o tanto de sofrimento incutido aos nossos valorosos policiais militares que vislumbramos quando sofrem abusos administrativos. Muitos, pela falta de capacidade técnica para defender-se e sem condições financeiras para pagar um bom advogado, sangram nos processos administrativos. Ouve-se, vindo dos arquivos das corregedorias e das seções de justiça das policias militares do Brasil, choros e ranger de dentes provocados pela injustiça nas decisões administrativas. Seria conveniente que alguém levasse ao conhecimento do Tribunal Internacional de Direitos Humanos as aberrações que já vislumbramos em alguns processos administrativos.  Seria importante que o Brasil fosse condenado a investigar alguns destes processos. Muita coisa mudaria para melhor na vida dos policiais militares, principalmente o direito de terem diplomas e, por conta disso, não sofrerem assédio moral de seus comandantes ou inveja de seus pares. Rotular policiais militares, que possuem diploma, de insubordinados é no mínimo uma atitude patológica, comum em psicopatas que adoram fomentar o conflito social para realizarem os seus desejos mais íntimos e sujos.  

Portanto, com base no discurso escatológico do governador Richa, uma conclusão é possível: pessoas com nível superior não prestam para prestar serviço à sociedade brasileira. Até quando?