sexta-feira, 14 de junho de 2013

ETA MÃOZINHA SEM VERGONHA...




O ultraliberalismo explora trabalhadores e mata necessitados

 
Adam Smith, pai da economia moderna, explica que a “mão invisível” não funcionaria se houvessem impedimentos ao livre comércio. Logo, o filósofo e economista escocês repudiava as intervenções do governo no mercado para regulá-lo. O conceito da “mão invisível” surgiu de uma expressão francesa: “laissez faire”, que significa que o governo deveria deixar o mercado e os indivíduos livres para lidar com seus próprios assuntos econômicos. Ocorre que uma parte dos grandes conglomerados econômicos, com seus empresários inescrupulosos, usa a mão invisível para dar tapas no rosto da sociedade.

Todos são manipulados por essa mãozinha sem vergonha, querem ver? Vamos tomar como exemplo os efeitos nefastos ocorridos na noite do dia 13/06/2013. Policiais Militares e alguns indivíduos de segmentos sociais entraram em conflito. Os dois lados tinham as suas razões. A polícia, mal paga e desvalorizada, cumpria o seu papel essencial: manter a ordem pública. Os integrantes dos segmentos sociais, considerando que o poder emana do povo, reivindicavam melhorias no transporte público que ultimamente transporta nossos trabalhadores, como os nazistas carregavam pessoas em seus trens com destino à câmara de gás. Ainda exigiam o não reajuste das passagens.

O poder emana da vontade do povo, que para exercê-lo utiliza-se do expediente do voto direto. Ocorre que muitos eleitos não representam, em sua plenitude, a vontade popular e sim a vontade de alguns inescrupulosos empresários, que os ajudaram com mão invisível em suas campanhas políticas.
Portanto, para melhorar esse quadro devemos ampliar os espaços para a participação popular. O país deve se valer do plebiscito e do referendo como modelos de decisões políticas no futuro. O povo tem que influir diretamente sobre decisões importantes. O político não pode ficar com esse encargo em algumas escolhas. Por exemplo, como negar aumento às passagens quando quem exige o reajuste é o empresário do setor de transportes que financiou a sua campanha? Ora, isso é decisão a ser deixada para o povo, precisamos fortalecer a nossa democracia, chamar o povo para decidir.

As Polícias Militares também devem se abrir para a democracia e exigir dos políticos que deixem os seus integrantes participarem, por intermédio do plebiscito e referendo, das escolhas essenciais para a melhoria de sua profissão e carreira. Chega de promessas, vamos incentivar a participação popular e aumentar seus espaços de atuação. Não de forma marginalizada, nas ruas, lutando contra os policiais militares que também são trabalhadores, irmãos de nossa sociedade. Devemos incentivar ainda mais a participação popular através do voto. Devemos usar a palmatória da decisão popular para castigar a mão invisível que só pensa no lucro. Ela não pode mais roubar nossas almas, nossos direitos e o exercício do nosso poder.

4 comentários:

  1. Cara,

    como se falar em mão invisível se o Estado controla a economia? Você confundiu mão invisível com mãos dos empresários.

    Depois você confundiu mão invisível com mão política.

    Sim, os políticos corruptos representam o povo. Pois eles votam e decidem que os corruptos devem ficar.

    Veja, os políticos são corruptos pois a sociedade é corrupta. Não discordo de sua tese de participação popular, mas a verdade é que todos sempre tentam o que é melhor pra si.

    Você acredita no almoço grátis. Alguém sempre pagará a conta. Quer subsídio? A lógica é simples, deixe de pagar a passagem hoje e pague mais impostos sempre.

    Para haver participação deve se reduzir a ignorância.

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    1. Caríssimo Daniel Simões Coelho

      Respeito a tua opinião, entendo que o teu ponto de vista está correto na maioria dos aspectos suscitados. Fico muito feliz que tenhas um nível de entendimento político louvável e isso é maravilhoso em um jovem.

      No entanto, peço-lhe desculpas por discordar, respeitosamente de tua afirmação sobre o controle da economia. Na minha modéstia opinião, entendo que o Estado não controla a economia, até por que ele não pode exercer este tipo de controle em nome da liberdade. Assim, nas relações econômicas mundiais, ao estado resta a obrigação de não intervir, pois o mercado por si só se autorregula.

      Entendo que a questão é mais complexa. Devemos priorizar outro ponto. Entendo que a discussão deve girar em torno da realização de políticas sociais. O grande problema, hoje, é como proteger e como efetivar Direitos Humanos. Dessa maneira, as relações econômicas no mundo tomariam outro rumo, como por exemplo: erradicaria o trabalho escravo universal.

      Portanto, Caro Daniel, pela minha limitação natural, pois nunca saberei o todo de uma verdade, entendo que aumentar os espaços da participação popular nas decisões políticas e econômicas, visando efetivar Direitos Humanos é obrigação universal necessária e urgente, pois não acredito no almoço grátis, principalmente quando o prato principal serve à mesa a dignidade humana para ser devorada por conglomerados empresariais que, por estarem preocupados somente com o lucro fomentam a ingerência econômica e política sobre a vida social dos excluídos nos países emergentes.

      Grato pela atenção.

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    2. Discordar é bom, nos faz refletir sempre sobre nossas próprias convicções.

      Forte Abraço

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