O ultraliberalismo explora trabalhadores e mata necessitados
Adam Smith, pai da economia moderna,
explica que a “mão invisível” não funcionaria se houvessem impedimentos ao
livre comércio. Logo, o filósofo e economista escocês repudiava as intervenções
do governo no mercado para regulá-lo. O conceito da “mão invisível” surgiu de
uma expressão francesa: “laissez faire”, que
significa que o governo deveria deixar o mercado e os indivíduos livres para
lidar com seus próprios assuntos econômicos. Ocorre que uma parte dos grandes
conglomerados econômicos, com seus empresários inescrupulosos, usa a mão
invisível para dar tapas no rosto da sociedade.
Todos são manipulados por essa mãozinha
sem vergonha, querem ver? Vamos tomar como exemplo os efeitos nefastos ocorridos
na noite do dia 13/06/2013. Policiais Militares e alguns indivíduos de segmentos
sociais entraram em conflito. Os dois lados tinham as suas razões. A polícia,
mal paga e desvalorizada, cumpria o seu papel essencial: manter a ordem
pública. Os integrantes dos segmentos sociais, considerando que o poder emana
do povo, reivindicavam melhorias no transporte público que ultimamente
transporta nossos trabalhadores, como os nazistas carregavam pessoas em seus
trens com destino à câmara de gás. Ainda exigiam o não reajuste das passagens.
O poder emana da vontade do povo, que para
exercê-lo utiliza-se do expediente do voto direto. Ocorre que muitos eleitos não
representam, em sua plenitude, a vontade popular e sim a vontade de alguns
inescrupulosos empresários, que os ajudaram com mão invisível em suas campanhas
políticas.
Portanto, para melhorar esse quadro
devemos ampliar os espaços para a participação popular. O país deve se valer do
plebiscito e do referendo como modelos de decisões políticas no futuro. O povo
tem que influir diretamente sobre decisões importantes. O político não pode
ficar com esse encargo em algumas escolhas. Por exemplo, como negar aumento às passagens
quando quem exige o reajuste é o empresário do setor de transportes que
financiou a sua campanha? Ora, isso é decisão a ser deixada para o povo, precisamos
fortalecer a nossa democracia, chamar o povo para decidir.
As Polícias Militares também devem se
abrir para a democracia e exigir dos políticos que deixem os seus integrantes participarem,
por intermédio do plebiscito e referendo, das escolhas essenciais para a
melhoria de sua profissão e carreira. Chega de promessas, vamos incentivar a participação
popular e aumentar seus espaços de atuação. Não de forma marginalizada, nas
ruas, lutando contra os policiais militares que também são trabalhadores,
irmãos de nossa sociedade. Devemos incentivar ainda mais a participação popular
através do voto. Devemos usar a palmatória da decisão popular para castigar a
mão invisível que só pensa no lucro. Ela não pode mais roubar nossas almas,
nossos direitos e o exercício do nosso poder.
Cara,
ResponderExcluircomo se falar em mão invisível se o Estado controla a economia? Você confundiu mão invisível com mãos dos empresários.
Depois você confundiu mão invisível com mão política.
Sim, os políticos corruptos representam o povo. Pois eles votam e decidem que os corruptos devem ficar.
Veja, os políticos são corruptos pois a sociedade é corrupta. Não discordo de sua tese de participação popular, mas a verdade é que todos sempre tentam o que é melhor pra si.
Você acredita no almoço grátis. Alguém sempre pagará a conta. Quer subsídio? A lógica é simples, deixe de pagar a passagem hoje e pague mais impostos sempre.
Para haver participação deve se reduzir a ignorância.
Caríssimo Daniel Simões Coelho
ExcluirRespeito a tua opinião, entendo que o teu ponto de vista está correto na maioria dos aspectos suscitados. Fico muito feliz que tenhas um nível de entendimento político louvável e isso é maravilhoso em um jovem.
No entanto, peço-lhe desculpas por discordar, respeitosamente de tua afirmação sobre o controle da economia. Na minha modéstia opinião, entendo que o Estado não controla a economia, até por que ele não pode exercer este tipo de controle em nome da liberdade. Assim, nas relações econômicas mundiais, ao estado resta a obrigação de não intervir, pois o mercado por si só se autorregula.
Entendo que a questão é mais complexa. Devemos priorizar outro ponto. Entendo que a discussão deve girar em torno da realização de políticas sociais. O grande problema, hoje, é como proteger e como efetivar Direitos Humanos. Dessa maneira, as relações econômicas no mundo tomariam outro rumo, como por exemplo: erradicaria o trabalho escravo universal.
Portanto, Caro Daniel, pela minha limitação natural, pois nunca saberei o todo de uma verdade, entendo que aumentar os espaços da participação popular nas decisões políticas e econômicas, visando efetivar Direitos Humanos é obrigação universal necessária e urgente, pois não acredito no almoço grátis, principalmente quando o prato principal serve à mesa a dignidade humana para ser devorada por conglomerados empresariais que, por estarem preocupados somente com o lucro fomentam a ingerência econômica e política sobre a vida social dos excluídos nos países emergentes.
Grato pela atenção.
Discordar é bom, nos faz refletir sempre sobre nossas próprias convicções.
ExcluirForte Abraço
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