segunda-feira, 17 de junho de 2013

NÃO HÁ CAMINHO PARA A PAZ, A PAZ É O CAMINHO. (Gandhi)


PAZ

Muitos “pensadores” acusam os comunistas pelos movimentos que ocorrem nas grandes cidades do país. Outros acusam os Ditadores de outrora que continuam manipulando aos moldes dos governantes nazistas. A verdade é que há um certo cansaço, um desgaste com esses pseudos “pensadores” e suas análises estapafúrdias. Manifestam-se tentando explicar o fenômeno atual. No entanto, parece que não conseguem encontrar uma explicação, pois talvez não enxerguem o mais simples: a falta de respeito com a dignidade da pessoa humana. Talvez seja isso que tenha aflorado essa indignação geral.
Por exemplo, os comandos das Policiais Militares não conseguem enxergar a opressão dos quartéis que adoece seus subordinados e argumentam que faz parte dos treinamentos. Alguns alegam que o mercado se auto-regula, logo o Estado não deve intervir na economia, embora esse mercado possa condenar, livremente, nossos irmãos ao desemprego ou ao trabalho escravo em troca de migalhas. Alguns de nossos políticos querem iniciar uma guerra santa e homofóbica. A televisão prefere sexo embaixo dos edredons; alguns pseudos jornalistas não precisam de diplomas, afinal de contas quem desinforma não precisa se preocupar com a ciência da comunicação. Enfim, são tantos os assuntos que o mais simples não foi percebido.
Não respeitamos seres humanos, embora a dignidade da pessoa humana seja fundamento do Brasil. Por isso, quem consegue compreender o fenômeno atual são aqueles que passam fome, são aqueles que não possuem salário digno, são aqueles que andam em ônibus superlotados iguais a sardinhas apertadas em lata e pagando caro por isso. Quem consegue compreender o fenômeno atual são os 70% dos presos sem julgamento no Brasil, são os Policiais Militares que não possuem sindicato e não podem exercer o direito de greve, por mais que sejam oprimidos nos quartéis, são os doentes que não encontram médicos nos postos de saúde; são os invisíveis para a grande mídia.
Enfim, quem consegue compreender o fenômeno atual são os dilacerados em sua dignidade e castrados em suas iniciativas sociais. Sozinhos, não possuem voz. Por isso hoje há um brado retumbante que emociona. É o brado de uma nação que amadureceu e que não aceita mais a opressão dos antigos. Agora é a vez do novo, com seus 25 anos de idade a democracia brasileira inicia uma mudança no cenário social e exige, por principio, o respeito à dignidade de cada cidadão, não a volta à escuridão da ditadura opressiva, que não admite contraditórios, nem ouve o clamor dos humildes. 

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